terça-feira, 20 de outubro de 2009

Temas transversais- Meio ambiente



1- RESUMO: PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

O volume l dos parâmetros curriculares nacionais, através de um breve histórico dispõe sobre a mudança da lei nº. 5692 de 1971, dizendo entre outras coisas que esse documento foi formulado após 1990, quando o Brasil participou da Conferência Mundial de educação para Todos em Jomtien na Tailândia, que resultou dentro de uma visão universal, em posições consensuais na luta pelo atendimento das necessidades básicas de aprendizagem para todos.

Mostra que o processo de elaboração dos PCNS foi feito através de análise de pesquisas realizadas pela fundação Carlos Chagas e sobre currículos oficiais e do contato com informações relativas à experiência de outros países.

Fala ainda que sua função além da universalização da educação está em fazer com que jovens e crianças mesmo em locais e condições desfavoráveis tenham acesso à um conjunto de conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos como necessários para o exercício da cidadania e apresenta a escola como o local onde isso deve acontecer.

Dispoem ainda sobre a organização do conhecimento escolar, a saber: ciências naturais, português, matemática, geografia, história, língua mãe (para povos indígenas e imigrantes) e os temas transversais: ética, saúde, meio ambiente, pluralidade cultural e orientação sexual.

Nas considerações finais fala que o sucesso escolar e o aprendizado do aluno não dependem de ações individuais, e, sim de um conjunto de ações e pessoas mobilizadas para uma educação de qualidade.



2- PROJETO INTERDISCIPLINAR- PARA ALUNOS DAS SÉRIES INICIAIS.


2.1 TEMA- Meio ambiente


2.2 TÍTULO- Separando o lixo


2.3 JUSTIFICATIVA- As crianças precisam aprender a separar o lixo e entender que seu habitat e as futuras gerações precisaram dele limpo.


2.4 OBJETIVOS – A conscientização que podemos fazer algo pelo bem estar de todos.


2.5 REFERENCIAL TEÓRICO-

“Transformar a escola para colocá-la a serviço da transformação social, não basta alterar os conteúdos nela ensinados. È preciso mudar o jeito da escola, suas práticas e sua estrutura de organização e funcionamento, tornando-a coerente com novos objetivos de formação de cidadãos, capazes de participar ativamente do processo de construção da nova sociedade.” Pistrak (2000,p.8)


2.6. METODOLOGIA-
Será usado o próprio lixo da escola todos os dias, inclusive o da cantina, para que as crianças aprendam que o lixo orgânico também pode ser reutilizado em forma de compostagem, ao final todo adubo produzido irá para a horta da escola, e o material reciclável doado à entidades assistenciais, para venda.

2.7 CRONOGRAMA- 4 semanas, assim divididas:

1ª semana- Mostrar aos alunos através de slides os prejuízos que o meio ambiente tem sofrido por conta do excesso de lixo. Recolhimento e separação do lixo todos os dias, lixo orgânico para compostagem e reciclável em um depósito.

2ª semana- Ainda com recolhimento, mas já remanejando a compostagem para que o adubo se forme

3ª semana- Ainda continua o recolhimento, mas será solicitado às crianças que também tragam parte do lixo de casa, já devidamente separado.

4ª semana- aula na horta, será aplicado o adubo nas plantas existentes e plantadas outras devidamente adubadas, o material reciclado será entregue pelas crianças à entidade escolhida.

2.8 RECURSOS-
Serão utilizados lixo, caixas de papelão, caixas de madeiras, luvas para manuseio do adubo, transporte para as crianças entregarem os recicláveis.

2.9 AVALIAÇÃO-
A avaliação será pelo comprometimento que cada aluno apresentar durante o processo, será avaliado sua postura diante dos problemas ambientais apresentados pelo excesso de lixo, sua capacidade de relacionar o problema à solução.




REFERÊNCIAS
Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997.

STEINLE, Marlizette Cristina Bonafini et al. Instrumentação do Trabalho Pedagógico nos anos iniciais do Ensino Fundamental/ Marlizette Cristina Bonafini Steinle:Sandra Regina dos Reis Rampazzo; Edilaine Vagula. Londrina: Editora Unopar. 2008 p.45 - 82.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

*Resposta à Folha de Londrina- Sobre a entrevista com Sr José Turozi

Com muito pesar e sem nenhuma surpresa, li hoje na Folha de Londrina as declarações do Sr José Turozi presidente da federação das APAES no Paraná, sobre a nova política do MEC com relação à inclusão de pessoas com deficiência na escola comum.( Parecer nº 13/2009 do conselho Nacional de educação (CNE)



Gostaria de lembrar que segudo o parecer as APAES não serão fechadas, como muitos vem pregando e que somente a parte pedagógica deixará de ser feita por elas. Antes que os pais se desesperem é bom saber que a parte terapêutica ( Fisio, fono e To etc) continuarão sendo feitas nessas entidades.



Sobre a inclusão nas escolas comuns, já é provado que os alunos só ganham com isso, uma vez que a diversidade humana pode ser fonte de grande aprendizado.



Sobre os professores estarem preparados ou não, é sabido que enquanto essas pessoas com deficiência estiverem longe do convivío social, os professores nunca estarão preparados. O que prepara alguém para ensinar além do conhecimento que se adquire na faculdade é o conhecimento de seu educando.



Dizer que inclusão abrupta é irresponsabilidade do MEC não faz sentido, uma vez que só existe uma forma de incluir que e é INCLUINDO.



Chamar pessoas com deficiência intelectual de doentes mentais, não é de bom tom para um presidente de uma entidade que diz ter respeito pelos seus alunos.



Como pedagoga e mãe de uma criança com deficiência intelectual totalmente inclusa na escola comum, deixo aqui meu protesto e o meu repúdio a essas declarações.





* A entrevista com esse sr. está na Folha de Londrina edição de 08/10/09.pag 3.ou acesse: www.folhadelondrina.com.br



*Texto enviado à folha de Londrina.Para enviar seu protesto : opiniao@folhadelondrina.com.br,com nome completo, endereço e rg.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O ensino de natureza e sociedade na educação infantil



Meio ambiente é um lugar determinado e/ou percebido onde estão as relações dinâmicas e em constante interação dos aspectos naturais e sociais.Essas relações acarretam processos de criação cultural e tecnólogica, e processos históricos e políticos de transformação da natureza e sociedade.(REIGOTA,1994).

Desde que o homem nasce ele está inserido no meio ambiente, nada mais justo que este tema seja aplicado na educação infantil, afinal o meio que se vive e a natureza estão a todo momento sofrendo transformações por conta dos hábitos e atitudes humanas. Neste momento mundial de preocupação com as gerações futuras cabe ao professor a tarefa de ensinar seus alunos que a natureza é imprencindivel para sua sob revivência no planeta, a escassez de água e alimentos em alguns pontos do mundo mostra claramente, que muito mais que um fenômeno natural é o resultado das ações impensadas dos homens que durante muitos anos não se preocuparam com ela.


A falta de bom senso na distribuição do que se tem, o capitalismo nu e cru pregado pelos governantes, a não preservação dos rios e lagos, o desperdício de energia elétrica e muitos outros fatores influenciaram para que essa situação chegasse aos limites do tolerável. Mas ainda há tempo para alertamos nossos alunos , muito mais que falar temos que pensar em situações práticas para que eles apliquem no seu dia a dia, pensar e aplicar projetos sobre desperdicio, ensiná-los a dividir o lanche com o amiguinho, tomar banho rápido, separar o lixo, tudo isso usando muito do lúdico e fazendo com eles utilizem o imaginário para por em prática tudo que aprenderam.

Muito mais que ensinar o professor deve ter um profundo respeito pelo aluno, seja ele quem for, deve sempre acreditar que ele é capaz e pode aprender a modificar o mundo à sua volta

[...] uma criança que cresce no respeito por si mesma pode aprender qualquer coisa e adquirir qualquer habilidade se o desejar. (MATURANA;REZEPEKA,2002)

Com muita imaginação podemos promover passeios pelas redondezas da escola, ir a um bosque, promover projetos sobre a energia elétrica, sobre vizinhança, sobre a importância de ajudar nas tarefas de casa, conhecer pequenos animais, em um zoológico ou até mesmo pedir para que tragam seus animais de estimação para sala de aula, num dia e horário específico e enfatizar os cuidados que se deve ter com eles, pequenas atividades que, se organizadas de maneira prazerosa será fixada com facilidade no dia a dia das crianças.

Organizar-se para aulas de natureza e sociedade exige um olhar atento ao que se passa com o aluno e o ambiente em que ele está inserido, conhecer a realidade dele e leva-lo a reflexão em como encontrar maneiras de modifica-lo com seus pensamentos e atitudes, leva-lo a construção de valores e conceitos que possam orienta-lo para o resto de sua vida e forma-lo para cidadania plena.





REFERÊNCIAS :
BRASIL. Ministério da educação e desporto. Secretaria da educação fundamental. Referencial curricular para educação infantil. Brasília: MEC/SEF,1998.3V.
UNOPAR. Universidade norte do Paraná. Apostila do curso de pedagogia. Fundamentos e metodologias do ensino da natureza e sociedade. Londrina. 2007.p 59-82.