segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O ensino fundamental de 09 anos

Amparadas pela Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que já aponta para a ampliação do ensino fundamental, e pela lei nº. 11.274 de 06 de fevereiro de 2006, que alterando a redação de artigos da lei 9.394/96, dispõe sobre a duração de 09 anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos seis anos de idade, muitas escolas já estão se adequando ao ensino fundamental de 09 anos, mas o que temos visto é que muitos educadores ainda não conseguem visualizar benefícios sobre ela.


Lidar com mudanças não é fácil, principalmente se não conseguimos visualizar os resultados, mas todo professor tem de estar aberto a mudanças .A realidade nos mostra que nessa idade (seis anos) ainda vemos na criança a necessidade do brincar,


o brinquedo fala para a criança a linguagem simples da pura materialidade, do puro prazer dos sentidos [...] é que ela (a criança) quer saborear de novo a vitória da aquisição de um saber e incorporá-lo”. (BENJAMIN,1984,P 14)



Aparentemente o que se apresenta de mudança é apenas a ampliação do tempo de permanência das crianças nessa etapa da educação fundamental, o que implica em reflexões sobre a infância, a criança, o papel do professor, procedimentos metodológicos, possibilitando o desenvolvimento de atividades de aprendizagem em sala de aula com jogos e brincadeiras, a elaboração de um novo currículo e de formas mais abrangentes e menos excludentes de avaliação.

A prática durante muitos anos mostra que a necessidade do ensino fundamental não é o tempo de permanência na escola, mas a qualidade desse tempo escolar.


O ensino fundamental de 09 anos deverá ter como característica um currículo que leve em consideração as especificidades humanas e professores que rompam com paradigmas, desfaçam conceitos e, principalmente revejam seus procedimentos e maneiras de avaliação, tendo como alvo à inclusão da criança de seis anos e apesar disso garantindo seu direito de ser criança dentro do ambiente escolar com qualidade.

É hora de refletirmos sobre nosso trabalho, buscar métodos e ações que se encaixem nesse novo horizonte, saber que o conhecimento é fonte de autonomia para nossas criançase fazermos o  nosso melhor.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A comunicação e a diversidade linguística na sala de aula

Nascemos com a necessidade de adaptação ao meio social, são os outros membros dessa sociedade que nos transmitirão sua cultura.No início, ainda sem frequentar uma escola aprenderemos de maneira informal, imitando os outros , acumulando experiências e fazendo relação entre elas, toda essa manobra só é possível graças as diversas formas de comunicação.

A comunicação é vital ao ser humano, estamos nos comunicando o tempo todo, seja por palavras, gestos ou ações.

Usamos vários códigos para nos comunicar, mas o mais importante deles é a linguagem, seja ela escrita ou falada.

No Brasil, por ser um país extenso, temos uma grande variedade linguística, mas a maioria das escolas ainda insistem em usar a linguagem na sua forma padrão, como se todos falassem e escrevessem igual. Isso tem trazido prejuízos para a educação , em alguns casos até a evasão escolar, uma vez que o aluno não se sente aceito pelo grupo quando fala ou escreve de maneira diferente dos demais.

A linguagem padrão, deve ser ensinada, mas sem dúvida a linguagem regionalizada é muito mais importante e eficiente para a comunicação. A forma de resolver essa questão seria as escolas e os professores levarem em consideração a cultura da comunidade onde o aluno está inserido,usando essa diversidade para enriquecer o conteúdo de suas aulas. O teatro , a música , a dança e as artes em geral ganhariam mais vida e transimitiriam ao aluno que ele é bem vindo e aceito do jeito que ele é.

Quem é aceito pelo grupo tem prazer em participar, contribuir e aprender com ele.

A escola e o professor que não aproveitam a diversidade linguística estão desprezando uma de nossas maiores riquezas e deixando de lado uma ferramenta muito importante para cativar e despertar o interesse do aluno.