sexta-feira, 19 de março de 2010

Saúde também se aprende na escola

Saúde, escola e cidadania estão intimamente ligados partindo do pressuposto que o estado responsável pelos serviços básicos nessas áreas e pelo bom uso dos impostos recolhidos.

O estado finge que não vê que as grandes epidemias são causadas pela falta de atenção dele nessas áreas e organiza grandes campanhas depois que elas já se instalaram, colocando assim toda a responsabilidade na população mais carente da sociedade.

Sabemos que nosso serviço básico de saúde não tem sido suficiente para atender de forma digna todas as pessoas. Dessa forma, algumas crianças nos chegam privadas do seu bem mais precioso que é a saúde, e que apresentam dificuldades de aprendizado por doenças corriqueiras como diarréia, desnutrição, gripe, pneumonia e toda sorte de epidemias geradas pela falta de saneamento, profilaxia e serviços médicos adequados.


Neste sentido, os Parâmetros Curriculares Nacionais chamam atenção para que:


"os conteúdos do tema não serão suficientemente contemplados se ficarem
restritos ao interior de única área. Concepções sobre saúde ou sobre o que é
saudável, valorização de hábitos e estilos de vida, atitudes perante as diferentes
questões relativas à saúde perpassam todas as áreas de estudo escolar, desde os
textos literários, informativos, jornalísticos até os científicos. Por outro lado, para se
construir a visão ampla de saúde aqui proposta, é necessário ter acesso a
informações de diversos campos, como por exemplo, as mudanças históricas e as
diferenças geográficas e socioculturais que interferem nas questões da saúde".

(Parâmetros curriculares, vol.9:98).


Cabe ao educador uma observação especial à saúde integral da criança, sempre partindo do conceito que saúde não é ausência de doença como se estabelecia há alguns anos atrás, mas sim a condição mental, social e física de articular a vida em todos os seus aspectos, a orientação e reforço sobre hábitos de vida saudáveis e principalmente o exercício de estimular para que elas entendam que saúde é um direito delas e que não pode ser facultativo.

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