sábado, 19 de setembro de 2009

Como será que vou me" virar" com ele na turma?- O que o professor precisa saber sobre inclusão




A lei nº.9.394, de 30 de dezembro de 1996, capitulo V, Lei de diretrizes e bases da educação, assegura às pessoas com deficiência o direito de frequentar o ensino regular, mas os educadores ainda tem receio de trabalhar com eles, o que vemos é que muitas vezes esse medo é infundado, uma vez que cada criança é capaz de superar suas limitações sozinhas.

Após uma reflexão concluímos que todos somos diferentes, não existe um ser humano exatamente igual ao outro, portanto ninguém aprende exatamente igual a ninguém, todos temos um tempo distinto de aprendizado.

Vale um novo olhar sobre as pessoas com deficiência, conhecê-los e admirá-los pelo que eles são,e não pelo que gostaríamos que eles fossem.Partindo desse conhecimento cada educador poderia trabalhar melhor com as qualidades de cada um, e obter um resultado melhor em seu trabalho.

Infelizmente em nosso país a inclusão ainda engatinha, faltam dados importantes, bem como estrutura física e a "famosa" capacitação de professores, mas na verdade e muitos professores ainda preferem “passar a vez” quando se trata de criança com deficiência.A cultura do preconceito parece estar enraigada na nossa sociedade, queremos um aluno perfeito, que aprenda fácil(aquele que não existe), e que não nos leve a ser questionados pela nossa falta de competência.

“A experiência de pensar a prática e a realidade em que ela se dá como objeto de nossa reflexão critica, termina por nos revelar obviedades que porém não suspeitávamos, pensar á prática é, por isso o melhor caminho para pensar certo” (FREIRE, 1985).

Muito mais que capacitação o que falta em muitos casos é a falta de boa vontade em romper com alguns preconceitos, por outro lado sobra preguiça em pensar e sair do que está pré estabelecido para nos aventurarmos pelas especificidades de cada criança.

Transformar o outro em coisa inferior, para se colocar numa essência superior, é negar simultâneamente a sua liberdade e a própria. Enquanto o olhar de alguém objetiva o outro em coisa essencialmente inferior, o outro, por sua vez, olha e constitui esse alguém num carrasco e ele terá vergonha desse seu olhar.(SARTRE,1938)


Se o professor tratar o aluno com deficiência como um problema, com toda certeza ele assim o será, mas se o professor tratá-lo como alguém capaz de aprender , ficará admirado com os resultados que conseguirá, afinal como todo ser humano, a motivação sempre será a senha para grandes feitos.

É pensando e conhecendo cada educando, investindo na variação de conteúdos, utilizando metodologias flexíveis, avaliando de forma continuada e permanente, dando importância na qualidade do conhecimento obtido e não na quantidade, utilizando de criatividade, promovendo em todos um espírito de cooperação e solidariedade, que o professor vai alcançar sucesso na sua missão de educar para vida, fazendo com que a escola seja de fato, para TODOS.

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